sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Peixe-leão
Por ser muito bonito, o peixe-leão é muito procurado por aquaristas do mundo todo. Marrom-avermelhado com listas brancas, apresenta nadadeiras longas com raios afilados e glândulas que contêm veneno em grande quantidade. É necessário cautela em seu manejo, pois um peixe adulto pode matar uma pessoa.Além disso, é um predador voraz, que consome qualquer peixe menor que ele. O lionfish, como é mais conhecido, adora peixes-palhaço, donzelas, gramma real, e qualquer peixe que caiba em sua avantajada boca. É muito interessante observar o animal alimentando-se, pois é um caçador nato; quando encontra sua presa, cerca-a e realiza quase que um hipnotismo: permanece imóvel, do ponto de vista da presa, mas pode-se observar intensa atividade da nadadeira caudal, usada no impulso mortal quando abocanha a vítima. Sua traquéia é toda revestida de espinhos, o que providencia uma morte rápida para a vítima até a chegada ao estômago. Em geral, ataca a vítima de frente, mas pode também pegá-la por trás, durante uma tentativa de fuga.
Quando adulto e sem inflar as nadadeiras, o peixe-leão mede até 38 centímetros.
É um dos mais venenosos entre os animais marinhos, e para piorar a situação, o peixe-leão não tem predadores no Atlântico, o que facilita sua reprodução e povoamento de novas áreas. Proveniente do Índico e do Pacífico e Mar Vermelho, o peixe-leão possui características únicas e inesquecíveis.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Naja
Naja naja - A naja-indiana é facilmente reconhecida por um desenho na parte de trás da cabeça. Esse desenho lembra um par de óculos e por isso essa naja é, às vezes, chamada "naja-binóculo". Habitando principalmente as regiões úmidas. Alimenta-se de roedores e anfíbios; às vezes, come passarinhos. Macho e fêmea permanecem juntos após o acasalamento. Os ovos são postos em oco de troncos ou em ninhos abandonados de cupins. A fêmea permanece vigilante por perto, mas não incuba os ovos. Após 50 ou 60 dias, os ovos se quebram e os filhotes saem com 20 ou 30 centímetros, pesando mais ou menos 15 gramas cada. A naja-indiana tem grande participação na mitologia da Índia. É a famosa cobra que os encantadores de serpentes exibem nas praças públicas. Na realidade, a cobra não responde ao som da flauta do encantador, porque, como todas as cobras, ela não tem ouvidos. Seu veneno é bastante violento tem efeito semelhante ao de curare, substância com que os indígenas da América do Sul envenenavam suas flechas.
Ornitorrinco
Conhece-se apenas um, pertencendo à ordem dos Monotrematos, que possa ser considerado como portador de um aparelho venenoso, é o Ornithorhynchus paradoxus ou Ornitorrinco.
Tem a cabeça munida de um bico de pato achatado, com dois dentes cornificados. O seu rabo é largo e plano; os seus pés são curtos e munidos de cinco dedos com unhas reunidas por uma membrana.
Vive exclusivamente na Austrália. Nada habitualmente e alimenta-se de vermes e pequenos peixes.
Os machos possuem nas patas posteriores um esporão com um orifício na sua extremidade. O esporão liberta, quando o animal deseja, um líquido venenoso secretado por uma glândula situada ao longo da coxa e com a qual o esporão comunica por um longo conduto subcutâneo.
O veneno do Ornitorrinco é bastante fraco e no Homem causa dores, mas nunca a morte.
O animal crava os seus esporões por meio de uma forte pancada dada com as patas, para trás, sendo a sua função possivelmente defensiva e não representando uma adaptação predatória, pois, tanto pela posição como pelo tipo de presas de que se alimenta, o Ornitorrinco não é adequado para a caça.
Para um observador pouco versado em zoologia, a presença do esporão e da glândula venenosa pareceria implicar uma semelhança com os répteis; contudo, a semelhança não é mais do que superficial, pois tratam-se de estruturas distintas num e noutro caso.
É interessante referir que o esporão está presente em ambos os sexos quando são jovens, mas, mais tarde, degenera na fêmea.
A toxicidade é muito fraca, menos cerca de 5.000 vezes menor que a do veneno das serpentes australianas.

reino das formigas

Se você acha que as sociedades humanas são complexas e organizadas, talvez seja hora de olhar para os formigueiros. Temos muito o que aprender com eles.
As formigas, andam organizadamente, sem atropelos, trabalhando pelo bem comum."Entre as formigas, ninguém manda em ninguém", afirma a entomologista Deborah Gordon, que, há 17 anos passa o dia observando formiguinhas sob o sol do Arizona.
Há, por exemplo, as que se aventuram para fora do formigueiro. São operárias especializadas em buscar comida.
No caminho, as operárias esfregam a barriga no chão, deixando um rastro com o cheiro da colônia a que pertencem, para que ela mesma e as companheiras não se percam. Formigas não falam, mas os feromônios, que são as substâncias que carregam odores, substituem com eficiência as palavras. No caminho para o formigueiro, a operária pára na frente de outra formiga. As duas esfregam suas sensíveis anteninhas e, pelo cheiro, percebem que são da mesma colônia. Antes de seguir em frente, a operária divide um pouco da folha que leva para casa e avisa, com outro feromônio: "Ali na frente tem algo que nos interessa".
Mas, se você acha que conhece as formigas apenas de olhar as que passeiam por aí, está redondamente enganado. "Apenas 10% da população sai para buscar comida. As outras 90% ficam na colônia o tempo todo", diz a pesquisadora Ana Eugênia de Campos Farinha, do Instituto Biológico de São Paulo. É que, em casa, todas juntas, elas conseguem se defender. Lá fora, espalhadas em frágeis batalhões, as pequenas são presas fáceis para predadores famintos como tamanduás, lagartos e besouros.
Portanto, para entender mesmo como são esses insetos, o ideal é seguir a fila e entrar com uma delas pelo buraco do formigueiro. Logo abaixo do nível do solo há uma multidão de formigas, umas indo, outras vindo. Nenhuma pára para dar passagem, elas simplesmente sobem umas nas outras sem se incomodar em pedir licença (não, não há um feromônio para isso). Começam a surgir bifurcações, ruas mais largas, que dão em grandes buracos, cheios de larvas. Lá há mais funcionárias dedicadas.
Algumas passam o dia lambendo e manipulando, com as patinhas, as larvas das futuras formiguinhas que vão nascer. Também são operárias, mas trabalham como babás: ai de quem chegar perto sem o cheiro certo (que funciona como um crachá). Quando o quarto onde estão os futuros bebês fica muito quente, elas se organizam e abrem novos dutos de ar condicionado, zanzando pelo meio da terra para que o ar circule.
Pois é, temos muito o que aprender com as formigas, não só no que se refere ao trabalho em equipe, mas também em termos de técnicas agrícolas, distribuição da comida, sistema político e cuidados ambientais. Quem sabe, com a ajuda delas, não possamos nos tornar mais civilizados?